As aulas na Universidade Federal da Bahia começaram a mais de um mês. Nesse segundo semestre de 2014.2 será possível regularizar o calendário letivo após uma das mais longas greves de docentes de instituições federais do nosso país (leia+).

Nesse semestre recebi quatro turmas de didática e cada encontro tem sido gratificante! São três turmas de Didática 2  e uma turma de Didática 1 e, no decorrer desse primeiro mês, é possível perceber que cada uma delas vai desenvolvendo características singulares.

Esse semestre, tudo é novidade! Pautando-me em estudos sobre planejamento crítico [Leia+], propus que ensaiássemos um planejamento colaborativo em torno dos conteúdos centrais a serem abordados e com espaços para inserção de temáticas que poderiam surgir no decorrer dos encontros e que fossem de interesse da turma.

Assim, tivemos um debate sobre Diversidade, Igualdade e Estética mediado pelos estudantes Juliana, Marinilda e Rubens, da turma de Didática 2 na sexta-feira. [Confira o vídeo Lápis de Cor, sugerido pelo grupo] O debate foi acalorado e gerou momentos de tensão, o que só comprova o quanto a temática racial precisa ser problematizada em todos os espaços, especialmente em sala de aula.

Nas turmas de quinta-feira (Didática 1 e 2), com direito à pipoca, amendoim e uva passa, assistimos o documentário “Quando sinto que já sei: práticas educacionais inovadoras que estão ocorrendo pelo Brasil“. No debate sobre o filme emergiram visões contrastantes de esperança e de desesperança, que nos colocaram em contato com nossas potencialidades e fragilidades como educadores.

Já na turma de terça-feira (Didática 2), o calendário apertado em virtude de feriados e paralisações, não deixou muito espaço para inclusões temáticas, tanto que ainda não foi possível assistir assistirmos o filme “Uma professora muito maluquinha” [Leia+]. Porém, às terça-feira eventualmente somos agraciados pelo encontro musical Conversa Cantada, realizado pelo ÉduCanal da Faculdade de Educação. A musicalidade do Conversa Cantada incendeia os corpos dançantes da nossa turma, nos enchendo de energia para darmos seguimento aos estudos que se estendem para a sala de aula.

Enfim, com cada uma das turma tenho vivido processos bastantes singulares, que confirmam e fortalecem nossas reflexões sobre a Didática como campo de conhecimento criativo, socialmente implicado e de possibilidade múltiplas. A Didática com certeza, não é uma só.