Experimentação, Dança, Educação…

“Aquilo que temos de aprender a fazer, aprendemos fazendo”. Essa frase, atribuída à Aristóteles, foi exibida em um trecho do documentário argentino “A educação proibida“, obra que assisti com a turma de Didática e Práxis 2, terça-feira.

No dia seguinte, eis que recebo, com muita alegria, em minha caixa de email, dois convites para uma apresentação de dança na UFBA. Duas das estudantes – Laila e Marília – figuram lindamente nos convites, como podem ver nas imagens abaixo.

Logo que vi os convites, me lembrei da tal frase. Fiquei admirando as fotografias, as expressões, analisando o nome do espetáculo e meditando sobre a ideia da experimentação.

O filme “A educação proibida”, em várias passagens, destaca a importância da experimentação na educação das crianças, exaltando metodologias construtivistas e valorizando uma visão holistica do ser humano e seus processos formativos.

Porém, estamos tão impregnados de ‘regras de condutas’, ‘de disciplinaridade’ e de padrões que encontramos pouco espaço para experimentar. Nos falta tempo para viver a experiência da experimentação, evocando aqui as reflexões de Jorge Larrosa Bondía

a experiência é o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, não o que acontece, ou o que toca. […] Nunca se passaram tantas coisas, mas a experiência é cada vez mais rara. –  é o que ele diz.

Então, cada vez temos menos tempo e oportunidades de viver experiências e construir sentidos, e é muito triste perceber que essa é a realidade do processo de escolarização em seus diversos níveis, inclusive no ensino superior.
Porém, se nos falta tempo, é preciso assumir, como educadores, que às vezes também nos falta coragem. Afinal, precisaríamos assumir  tudo que compõe a experimentação: o desejo, o interesse, a curiosidade, a possibilidade de gostar, de odiar, de acertar, de errar, de tentar de novo… e isso nos dá um medo danado, um medo de perder o controle!
Ahhhh esse tal controle que nós professores achamos que devemos ter, mas será que devemos mesmo? Controle de quê, afinal?
Se para aprender é preciso fazer, só vamos aprender a experimentar, experimentando! Quem aqui arrisca a experimentar algo diferente?
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Em tempo: eu vou assistir o espetáculo… fica a dica.

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