As pessoas que convivem comigo sabem o quanto eu invisto meus sentimentos até nas pequenas coisas. Uma conversa, um livro, um filme… eu não leio ou assisto simplesmente. Eu vivo, eu sinto. Eu torço para que tudo dê certo. Eu penso sobre aquilo por dias e dias.
Não sei se é um defeito ou uma virtude, mas eu sinto intensamente os conflitos, os dilemas e os dramas de cada situação e de cada personagem. Talvez por isso eu não goste de novelas televisivas. Elas me parecem muito encenadas, artificiais, fajutas e o mais profundo dos dramas fica assim, superficialmente arrastado. Obviamente há uma ou outra exceção, como a cena em que Carolina Dieckmann tem os cabelos raspados na novela “Laços de Família”. Cena forte, intensa, triste e belíssima. Mas, via de regra, não gosto de novelas, prefiro a linguagem dos filmes e, mais atualmente, a dos desenhos animados.
E é de uma cena de desenho que quero falar. Prometi que nunca mais assistiria a Toy Story 3 porque, da primeira vez em que vi essa cena, eu chorei. Da segunda vez, eu chorei. E apesar da promessa, mais uma vez assisti e mais uma vez eu chorei.
Se comparado aos outros dois, esse é, de longe, o mais dramático. Ele aborda sentimentos controversos, dentre eles, amizade e separação, lealdade e abandono, mágoa e ressentimento. A cena que me causa essa reação coloca tudo isso em questão.
Por uma série de fatores, Wood se separa dos seu amigos, depois luta para resgatá-los. O desafio é permanecer juntos. Todos sabemos que tudo vai dar certo, que todos serão felizes, afinal é um desenho animado para crianças! Mas quando, rumo à fornalha, Jessy olha para o Buzz e pergunta “o que vamos fazer agora?” o olhar do Buzz já diz tudo. E o sentimento que ali é mostrado me desmantela completamente.
E o que fazer nessa hora?
Aqueles amigos inseparáveis simplesmente dão as mãos.
Nao sei se sao os hormônios, se é a idade, se sou sentimentalista, ou se me importo com o outro, entao, obrigada pela dica. Outro filme pra eu nao assistir, nao quero borrar a maquiagem. Bjin
Esse é um lado ótimo de ser mulher. Nossa sociedade “permite” que a gente chore. Eu não sou de chorar com filmes, novelas, mas com coisas emocionantes da vida real eu choro.
Nao sei se sao os hormônios, se é a idade, se sou sentimentalista, ou se me importo com o outro, entao, obrigada pela dica. Outro filme pra eu nao assistir, nao quero borrar a maquiagem. Bjin
Esse é um lado ótimo de ser mulher. Nossa sociedade “permite” que a gente chore. Eu não sou de chorar com filmes, novelas, mas com coisas emocionantes da vida real eu choro.