Não quero que o Bruno apague a sua voz

Não quero que o Bruno apague a sua voz

Eu tenho vários parentes que são militares. Eu tenho amigos que são militares. Pessoas que eu realmente amo e respeito fazem parte de instituições políciais civis, militares, federais. Posso dizer que são pessoas de bom coração, com forte senso de justiça e de amor pelo próximo. Mas isso não muda o fato de que esse rapaz que eu nem conheço, Bruno Silva, tem razão.

Pensar as forças armadas como instituição é não perder de vista as atrocidades históricas cometidas em nome de governantes insanos. A exemplo das ditaduras militares, de guerras, e de massacres que são executados pelas forças que deveriam, a princípio, zelar pela vida. Por isso, o Bruno tem razão. Não importa se é um bom pai, uma boa mãe, um bom filho, sob o jugo institucional das forças armadas, se morre ou se mata porque alguém manda que seja assim. E obviamente, esse alguém não está em nenhuma das duas pontas do revólver.

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Prezado Bruno, tomei a liberdade de copiar aqui seu texto e sua imagem tal como você colocou no Facebook, porque é algo que eu quero preservar.

Bruno Silva Pes
Sábado

” Ha algum tempo eu realizei uma pintura em um muro AUTORIZADO, na qual eu expressava alguns de meus sentimentos. Dias depois alguns militares “gentilmente” pediram à dona da casa para que apagasse pelo menos a escrita, pois eles se sentiram ofendidos…
Sendo assim eu resolvi me expressar de novo no mesmo local colocando outras palavras, pois é um direito meu de me expressar e não sofrer repressão, pelo que me lembro a ditadura ja acabou ha algum tempo….
E aviso que não me calarei perante nenhuma intimidação do estado, pois sou um cidadão e no direito de um, entendo que o questionamento deve existir sempre…”

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